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Giullia Carvalho



Olá Queridos, tudo bem?

Eu sei que as vezes eu sumo e desapareço, e depois simplesmente volto como se nada tivesse acontecido, mas é que essa quarentena tem bloqueado meu neurônio criativo e fica muito mais difícil escrever algo interessante.

E hoje mais uma vez eu trago um texto sobre superar obstáculos e descobrir novas maneiras de ver a vida. Que esse blog é mais um diário do que qualquer outra coisa todo mundo já sabe. Aqui eu compartilho as coisas ruins, as coisas boas, as realizações de sonhos que eu pude alcançar, o que eu gosto e o que eu acho válido ser dito.

E dessa vez não será diferente!

Em tempos de quarentena, ficar isolado, ficar entediado, ficar ansioso, tudo no final a gente desconta na comida. E para mim não tem sido nada diferente. Eu engordei aproximadamente uns 7kg nessa quarentena já. Mesmo com o horário de dormir e me alimentar estando irregular. Eu tenho dormido mais e me alimentado menos. Mas como mais num curto período de tempo do que se estivesse comendo normalmente nos horários certos. E sempre quando bate aquela ansiedade ou TPM, eu entro em necessidade de açúcar e vou atrás de doces e chocolates.

Eu sempre tive muitos problemas com o meu peso e o meu corpo.

Ontem, assistindo um IGTV da Rafa Brites (jornalista e apresentadora), ela disse sobre como a obsessão dos meninos que estudavam com ela quando ela era mais nova a fizeram ter vergonha de transparecer a bunda dela, e como ela se manteve num peso muito abaixo do correto para a idade e altura dela, só para que sua bunda não ficasse sempre em evidência, o que ela caracterizava por vulgarizar o corpo dela já que ela sempre se viu assediada desde muito nova por causa da bunda avantajada.

Lembrei que comigo não foi diferente. Eu comecei a tomar anticoncepcionais desde os meus 13 anos - quando estava no 9º ano -, durante as férias de meio do ano. Quando voltei para a escola depois daquele recesso, eu estava pelo menos 10kg mais gorda do que estava antes de sair de férias. Com todo um corpo avantajado e seios muito grandes, chegava até a estrinchar a costura do uniforme da escola que já não cabia mais em mim. Eu ouvia piadinhas sobre tudo, até mesmo sobre eu ter perdido minha virgindade naquele recesso, que seria o principal motivo de eu ter criado corpo tão rápido daquele jeito. Gente, eu tinha 13 anos.

Eu só ia de casaco para a escola, e como era um casaco muito maior que eu, ele meio que escondia o que eu não queria mais mostrar: o meu corpo. Tem até uma foto de toda a turma reunida, e eu era a única de casaco.

Depois disso, eu me formei e fui para o ensino médio, em outro colégio. No ensino médio eu estudava integralmente num colégio de normalistas (usava aqueles uniformes de Instituto, com saia, blusa social e a meia 3/4). Eu vestia tamanho 46 e G. Como naquele colégio o regime não permitia sair da escola, as refeições eram todas as servidas pela a escola. Depois de um episódio em que uma das alunas achou bicho de comida podre na comida da escola, eu me recusei a almoçar lá.

Eu passei a me recusar a levar comida para a escola e ficar o dia todo sem comer, simplesmente porque algo na minha cabeça dizia que eu precisava emagrecer. Eu nunca cheguei a tratar isso, e até porque isso começou a me favorecer. Eu estava emagrecendo e não estava sofrendo tanto por sentir fome. Eu fazia uma refeição por dia, que era a janta, quando eu chegava em casa do colégio.

Eu emagreci muito naquele ano. A saia 46 do colégio já não cabia mais em mim e cabia até uma outra pessoa dentro da saia. E a partir daquele momento eu emagreci cada vez mais, gradativamente, e voltei minha alimentação normal no ano seguinte, quando optei por sair do colégio integral, fui para um de meio período e continuei a manter minha alimentação de forma descente. Até mesmo comecei a namorar, então isso me cobrou a me manter saudável e vaidosa comigo mesma.

Em 2015, quando fui morar com meu pai, pesava um pouco menos de 50kg e já chegava a vestir tamanho 36. Foi um marco pessoal conseguir mudar tanto e emagrecer tanto naquele ano. Mas eu não estava saudável como achei que estivesse.

Quando voltei a morar com minha mãe em 2016 e os problemas começaram, minha compulsividade por comida também voltou. Eu havia brigado com minha madrasta e meu pai, e tinha voltado a morar com minha mãe por conta disso. Eu estava frustrada e chateada com inúmeras coisas que haviam acontecido naquele ano de 2015, e foi um gatilho para que eu ficasse muito mal emocionalmente, o que me fez voltar a descontar na comida como sempre fiz.

Sem contar que desde sempre fui chamada de vulgar por conta dos seios avantajados que não me permitem usar qualquer roupa, principalmente os croppeds que eu tanto gosto.

E desde então eu tenho estado no efeito sanfona da ansiedade. Quando eu to bem eu como normalmente, mas quando eu to mal (como tenho estado desde que meus transtornos de ansiedade e pânico começaram) eu oscilo entre comer demais e comer de menos.

E agora na quarentena não tem sido diferente. Tem sido bem frustrante me olhar no espelho e me ver gorda. Eu me olho no espelho e não me vejo cabendo nas minhas roupas e me sinto insuficientemente bonita. Eu acho que tudo na minha mente se tornou a estética, e se eu não me sinto bonita eu não me sinto bem comigo mesma, e também ao contrário.

E logo numa atualidade em que se fala sobre amar a si própria e aceitar o próprio corpo sem as imposições de perfeição estética do resto do mundo, eu me sinto envergonhada de não conseguir absorver essas coisas boas pelas quais as criadoras de conteúdo sempre falam. Tudo bem que muitas delas são lindas, mas eu tenho um neurônio a menos que não me permite me sentir bonita com o que eu tenho. Acho que ele pode ter queimado no meio dos outros afetados.

E pra completar, eu odeio academia, e temo fazer esses tipos de exercícios por conta do problema na coluna - tenho insuficiência de colágeno nos discos que compõem a coluna cervical -. Eu fazia fisioterapias a algum tempo por isso, e até mesmo tentei fazer dança - que eu amo -, mas tinha dias de acordar chorando de tanta dor nas costas e nas pernas devido esse problema. Os exercícios sugeridos pelo fisioterapeuta é pilates, mas isso não vai me emagrecer e me tornar a grande gostosa dos sonhos.

E até eu descobrir o que eu posso fazer para conseguir ter o corpo estético dos sonhos, eu vou levando a minha vida e principalmente tentando tratar a compulsão alimentar que eu tenho de forma correta com ajuda terapêutica e médica devida.

E você, o que faz para se manter esteticamente bem consigo mesmo? Vou gostar de saber relatos de outras pessoas que podem ou não passar pelos mesmos problemas que eu e seus métodos adotados.

Um beijo da Jubs, e até a próxima!






junho 07, 2020 2 comentários
Imagem: Google


Olá Queridos, tudo bem?

Eu sei que estou sumida, mas eu venho passando por muitas coisas e estudando outras para poder me expressar melhor nesse site.

Se eu comi o pão que o diabo amassou ultimamente? Isso é claro, sempre que eu me permito ser burra a esse ponto, inclusive.

Eu venho superando coisas que para mim ainda são difíceis de falar. Mas quem me acompanha no Twitter sabe que eu tenho muitas coisas a desabafar e essa será uma delas.

Eu vou falar sobre amizades tóxicas sim, porque não existe só Chernoboy, existe Chernofriends*  também - e não desmerecendo as girls tóxicas, eu ainda estou avaliando sobre isso -. Mas não da forma como todo mundo faz tipo "zilhões de sinais de que seu amigo está sendo tóxico", não. Eu vou falar de amizade tóxica da melhor forma possível: pelo o que eu vivi.

Passei anos confiando em pessoas porque eu vivia uma vida extremamente fragilizada, de não saber como lidar com meus problemas e sempre precisar estar rodeada de pessoas que pudessem me ajudar sobre o que eu estava passando.

Eu deveria ter sentido que amizades não eram para mim desde que fui expulsa de um grupinho na escola pela justa causa de que "o ano se passaria e eu sairia da escola mesmo". Sim, eu estudei cada ano da minha vida numa escola diferente, o que me impossibilitou ao máximo fazer amizade e mantê-las.

Minhas amizades se resumiram a familiares próximos de mim e - me julguem - amizades virtuais. Eu passei por anos tendo uma única amiga que morava em outro estado e que eu nunca tive a oportunidade de conhecer. E eu vou falar sobre isso porque eu nunca vou estar isenta de receber xingamentos da parte dela como recebi por tantos anos. Eu vi e revi os bons bocados que ela passou por problemas pessoais, tentei ajudar da melhor forma possível, me fazendo disponível sempre que ela precisava conversar, e não havia mais o que eu fazer ao meu alcance.

Mas assim como ela passou por bons e maus bocados, os meus começaram a surgir também. Eu tinha problemas com meus pais, com meu irmão, com minha falta de perspectiva na vida, com as pessoas ao meu redor, e no final eu só acumulei tudo. Não diminuo o que essa pessoa passou, mas também não mereci ser diminuída quando eu precisei.

Eu recebi um "não posso lidar com você porque eu já sou estragada" quando eu me abri sobre o que tava começando a acontecer comigo. Ficamos sem nos falar por meses até ela dar o primeiro passo e vir conversar comigo. Eu, só me limitei a dizer "senti sua falta, e você não precisava lidar com meus problemas", não esperando reciprocidade da parte dela em nenhum momento.

Da segunda vez que brigamos, foi a mesma coisa. E eu deixava ela sempre dar o primeiro passo e vir falar comigo simplesmente porque eu não queria incomodar ninguém com meus problemas. Mas recebi um "eu to cansada de sempre dar o primeiro passo e essa é a última vez", mesmo quando eu não dava o braço a torcer por medo de ser julgada. Um adendo, eu sempre me afastava porque ela me atacava pelos motivos mais bestas do mundo e sempre criticou meu posicionamento sobre tudo, como se ela quisesse sempre estar certa e quisesse que eu fosse alguém que só concordasse.

No final, quem sumiu e quem não quis mais procurar fui eu.

Partindo para a segunda amizade, era alguém que eu tinha quando eu não tinha ela, ou quando não tinha ninguém. Era mais próxima de mim em questões físicas.

Eu contei tudo. Absolutamente tudo. Meus problemas? Ela sabia antes mesmo de eu concluir. Sinto que ela guardou tudo o que eu disse em anos numa pasta arquivada na cabeça dela para depois usar tudo contra mim da forma que usou no final. Eu ouvi coisas das quais parte da minha auto estima se fez tornar negativa e atualmente impossível de resgatar. Meus problemas viraram meus medos e isso se tornou psicológico num nível extremo. Eu digo que minha mente se virou contra mim e projetou coisas sobre como eu me sentia sobre mim mesmo de uma forma ruim. Mas tenho quase certeza de que isso foi plantado para chegar no nível que eu cheguei atualmente, no auge dos meus transtornos de pânico e ansiedade. E eu comecei a ter pânico de mim, e não dessa pessoa.

Por fim, as inúmeras pessoas que se aproximaram de mim com segundas intenções e depois fizeram minha caveira. Quando eu só precisava de um amigo, como eu sempre precisei. Não duraram, obviamente. Porque se você não consegue o que quer, você simplesmente vai embora tão rápido quanto chegou.

Cheguei a um patamar atual em que me afastei de amigos, pessoas que eu achava serem meus amigos, e pessoas que também foram meus amigos por anos. Ficando sem ninguém. Assim como quado a gente morre. Morre sozinho.

Meus amigos - os que são de longa data, cresceram comigo, ou que convivem comigo durante o passar dos meus dias -, só servem agora para quando eu preciso sair e me divertir, ou vê-los porque é rotina. Eu não consigo fazer o esforço de manter uma amizade porque não quero me sentir machucada depois. Além de não os procurar e não ter com quem desabafar, eu prefiro sentir que não estou incomodando ninguém com meus problemas, nem que eles vão me atacar com eles depois. Sem contar que cada um tem sua vida e seus problemas e apenas eu sou obrigada a lidar com os meus.

Mas o que eu quero dizer com isso? Não adianta se doar pelas pessoas que não tem nada a acrescentar na sua vida. Ser egoísta e priorizar a própria vida não ta errado, porque ninguém vai querer saber dos seus problemas tendo os próprios. Eu me doei demais por pessoas que não quiseram estender a mão para mim e só serviram de gatilho para piorar os meus problemas.

Eu não ataco ninguém, sei que cada um tem seus motivos. Mas não precisa fingir que se importa quando você não se importa. Não precisa estar presente só por estar presente. E muito menos atacar alguém por não se sentir suficiente.

Eu nunca mais vou conseguir fazer amizades como antes por ter me doado demais e não recebido nada em troca. Principalmente apoio, que é o que eu mais preciso. Eu sempre vou sentir que incomodo e que ninguém gosta de mim porque pareço ser problemática.

E no fim, eu nunca vou cobrar de ninguém quando na verdade eu só preciso de mim mesma.

Um beijo da Jubs, e até a próxima.




março 02, 2020 No comentários
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Sobre mim

Olá Queridos, meu nome é Giullia Carvalho, ou Jubs se preferir. Tenho 21 anos, e com esse blog pretendo compartilhar as melhores experiências que já vivi, e conquistar meu lugar no mundo - e alguns corações - pelo o que eu sei fazer de melhor: escrever.


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